terça-feira, 24 de maio de 2011

sábado, 21 de maio de 2011

Linguagem, língua e fala

Seminário apresentado pelos alunos:

Alexandre Trindade, Ana Claudia Nicolau, Patrick Augusto Damasceno, Tania Volino


Apresentação: bens e coisas

Quando você vê um belo automóvel andando pelas ruas, você não tem a menor dúvida de que ele possui um dono. O mesmo se pode dizer de uma casa , de um sitio, de um supermercado, de um banco, etc. Passamos grande parte de nossa vida procurando adquirir coisas que satisfação nossa necessidade e que também nos tragam prazer e conforto .No caso do automóvel ,seu proprietário tem o direito (assegurado por lei ).Tanto o automóvel quanto o imóvel não são propriamente coisas. Na verdade devemos considerá–los bens. Chamamos coisas a tudo aquilo que existe objetivamente, com exceção do ser humano. Damos o nome de bens àquelas coisas úteis ao homem, são objeto de apropriação. Em sentido amplo, dizemos que bem é tudo aquilo que é vantajoso, ou útil a um dado fim. Existem no, entanto, muitas coisas úteis ao homem que não podem ser consideradas bens. O ar por exemplo. O ar está a nossa disposição gratuitamente.

Classificação dos Bens

Os bens podem ser classificados em bens públicos e bens privados. Àqueles que pertencem á União, aos estados, ou aos municípios. São também considerados bens públicos aqueles de uso comum do povo, com mares, ou rios, as estradas, as ruas e as praças.

A língua que você fala é um bem.

Se retomarmos ao conceito de bem (bens são aquelas coisas que, por serem úteis ao homem, são objeto de apropriação) pois a língua que falamos é nosso principal veículo de comunicação e não conseguimos viver em nossa sociedade sem se comunicar . Onde houver sociedade humana, haverá língua. Ou ainda: onde houver língua, haverá sociedade humana. Para que serviria a língua, se não pudéssemos utilizá-la. Evidentemente, para nada.

LINGUAGEM, LÍNGUA A E FALA

O Caráter público da língua.

Dissemos que são considerados bens públicos aqueles de uso comum do povo. Nesse sentido, não há como deixar de considerar a língua como um bem público, já que ela é de uso comum dos que dela se utilizam para atos para atos de comunicação.

É claro que a distinção que se faz entre linguagem, língua e fala tem caráter meramente metodológico, uma vez que esses três conceitos revelam aspectos diferentes de um processo amplo, que é o da comunicação humana. Damos o nome de linguagem a todo sistema de sinais convencionais que nos permite realizar atos de comunicação. De acordo com o sistema de sinais que utiliza, costuma-se dividir a linguagem em: Verbal e Não-Verbal.

O Caráter Privado da fala

A língua, como vimos, é um bem público, ou seja, pertence a toda comunidade de fatores, que podem utilizá-la como meio de comunicação. A língua é o lado público e coletivo da linguagem humana, ao passo que a fala é seu lado privado e individual. Como instituição social, ela [a língua] não é absolutamente um ato, escapa a qualquer premeditação; é a parte social da linguagem; o indivíduo não pode sozinho, nem criá-la nem modificá-la. a fala é um ato individual; cada falante tem domínio da língua que fala e, em decorrência disso, pode usá-la como bem lhe aprouver das regras preestabelecidas pelo contrato coletivo ajustado com os demais falantes.

As Limitações do uso da Fala

A fala é a realização concreta da língua, feita por um indivíduo da comunidade num determinado momento. É um ato individual que cada membro pode efetuar com o uso da linguagem

Assim como os demais bens privados, a utilização da língua através de atos fala também sofre restrições de uso.

a) restrições de ordem intrínseca: aquelas decorrentes da própria estrutura da língua, que limita o conjunto de possibilidades de uso através de regras naturais, ou seja, regras inerentes á própria língua.

b) restrições de ordem extrínseca: aquelas impostas pela comunicação lingüística, ou seja, pelo conjunto dos falantes, ou por parte de algumas pessoas que ditam as regras para o seu uso.

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VARIAÇÕES DA FALA

Variação Diatópica –

Trata-se de uma diversidade lingüística regional ou geográfica, apresentadas por pessoas de diferentes regiões que falam a mesma língua. As variações diatópicas são responsáveis pelos regionalismos ou falares locais. Esses falares representam os costumes e a cultura de cada região. A título de exemplificação, podemos citar as diferenças do português falado no Brasil para o português falado em Portugal.
Telemóvel – Portugal

Celular – Brasil

Estas são as designações utilizadas pelos falantes dos dois países para representar um aparelho de comunicação cuja designação técnica é Telefone Celular.

No Brasil, falantes do Sudeste do país usam variantes distintas dos falantes da região Sul.

Bergamota ou Vergamota – Florianópolis e região sul em geral.

Mexerica – Minas Gerais

Os dois termos designam a mesma coisa, uma fruta cítrica de cor alaranjada e sabor adocicado, conhecida como tangerina.

Estas diferenças normalmente são encontradas no campo lexical e fonético e toda esta variação (no Brasil) é decorrente das influências que cada região sofreu durante o processo de colonização do país, adicionados as importações lexicais de outras línguas.

Aqui seguem alguns exemplos dos variantes:

FEXOSO/FECHOSO(AL): Pessoa que é bonita, linda seja nas vestimentas ou na beleza.
TABACUDO(PE): Pessoa que não tem entendimento

BARROADA(PI): Atropelamento.
MARMITEX(SP): Quentinha
MINA(RJ): Namorada
MACAXEIRA(PI): Aipim

Embora todos sejamos falantes da mesma língua, cada região do nosso país possui característica próprias que resultam em sua cultura e apresentam diversidades: variantes lexicais nos falares brasileiros. Sendo assim, uma palavra pode ser usada de diversos modos, assim como possui conotação diferentes, dependendo da região em que ela está sendo utilizada.

Variação Diastrática –

Há várias línguas dentro da oficial. E no Brasil não é diferente. Cada região tem seus falares, cada grupo sociocultural tem o seu. Pode-se até afirmar que cada cidadão tem o seu. A essa característica da Língua damos o nome de variação linguística. Neste universo complexo da língua encontra-se a variação diastrática que corresponde ao estrato social, à camada social e cultural do indivíduo. Essa palavra é formada pelos seguintes elementos: “dia-“, prefixo grego que significa “através de, por meio de, por causa de”; “estrato”, radical latino que significa “camada”;“-ico”, sufixo grego, que forma adjetivos. Ela pode ocorrer na fonética: ex: bicicreta, adevogado etc. “presunto” no lugar de “corpo de pessoa assassinada” é variação diastrática lexical... Enfim a língua e criativa, dinâmica e necessária para o desenvolvimento humano.

Fonte: http://www.webartigos.com/articles/38743/1/A-VARIACAO-DIASTRATICA/pagina1.html#ixzz1L2nIWOwY

Variação Diafásica –

Variação relacionada com a diferente situação de comunicação, variação relacionada com fatores de natureza pragmática e discursiva: em função do contexto, um falante varia o seu registro de língua, adaptando-o às circunstâncias. O idiolecto é a maneira própria de cada falante usar a língua: o uso preferencial de determinadas palavras ou construções frásicas, o valor semântico dado a um ou outro termo, etc. Há tantos idiolectos quantos os falantes.

A língua culta prende-se aos modelos e normas da Gramática tradicional e é empregada pelas pessoas que têm acesso à escola, aos meios de instrução, sendo, portanto, instrumento de dominação e discriminação social. É a modalidade lingüística tomada como padrão de ensino e é com ela que se redigem os textos e documentos oficiais do país.

É chamada de língua técnica aquela utilizada por grupos restritos de indivíduos que compartilham um mesmo conhecimento técnico: são os profissionais afins.

Língua popular ou linguajar é aquela utilizada pelo povo, sendo desprovida de qualquer preocupação com a “correção gramatical”. Seu objetivo é apenas comunicar informações, exprimir opiniões e sentimentos de maneira eficaz.

DIFERENÇA ENTRE LINGUAGEM ESCRITA E ORAL

"Português é fácil de aprender porque é uma língua que se escreve exatamente como se fala."

Pois é. U purtuguêis é muinto fáciu di aprender, purqui é uma língua qui a genti iscrevi ixatamenti cumu si fala. Num é cumu inglêis qui dá até vontadi di ri quandu a genti discobri cumu é qui si iscrevi algumas palavras. Im purtuguêis não. É só prestátenção. U alemão pur exemplu. Qué coisa mais doida? Num bate nada cum nada. Até nu espanhol qui é parecidu, si iscrevi muinto diferenti. Qui bom qui a minha língua é u purtuguêis. Quem soubé falá sabi iscrevê.

O comentário é do humorista Jô Soares, para a revista Veja. Ele brinca com a diferença entre o português falado e escrito. Na verdade, em todas as línguas, as pessoas falam de um jeito e escrevem de outro. A fala e a escrita são duas modalidades diferentes da língua e é com esse fato que o Jô brincou.

Na língua escrita há mais exigências, em relação às regras da gramática normativa. Isso acontece porque, ao falar, as pessoas podem ainda recorrer a outros recursos para que a comunicação ocorra - pode-se pedir que se repetisse o que foi dito, há os gestos, etc. Já na linguagem escrita, a interação é mais complicada, o que torna necessário assegurar que o texto escrito dê conta da comunicação.

A escrita não reflete a fala individual de ninguém e de nenhum grupo social. Por essa razão, a fala e a escrita exigem conhecimentos diferentes. A maioria de nós, brasileiros, falamos, por exemplo, "Eli me ensinô". O português na variante padrão exige, no entanto, que se escreva assim: "Ele me ensinou". Essas diferenças geram muitos conflitos.·.

LINGUAGEM:

É todo sistema de sinais convencionais que nos permite realizar atos de comunicação.

È claro que a distinção que se faz entre linguagem, língua e fala tem caráter meramente metodológico, uma vez que esses três conceitos revelam aspectos diferentes de um processo amplo, que é o da comunicação humana. Damos o nome de linguagem a todo sistema de sinais convencionais que nos permite realizar atos de comunicação. De acordo com o sistema de sinais que utiliza, costuma-se dividir a linguagem em: Verbal e Não-Verbal.

A). Verbal: aquela cujos sinais são as palavras

B). Não-verbal: aquela que utiliza outros sinais que não as palavras. LIBRAS - Linguagem Brasileira de Sinais, o conjunto dos sinais de trânsito, mímica etc. constituem tipos de linguagem não verbal.


Fonte: XXXxxx,xxxxXXX